O Instituto Municipal do Meio Ambiente (Imaar) realizou na semana passada a capacitação dos membros do Conselho Gestor do Parque Natural Municipal da Mata Atlântica, chamado de Parque da Cidade. O trabalho foi feito nos dias 6 e 7 (quinta e sexta), no Centro de Estudos Ambientais (CEA). Durante o encontro, foram abordados temas como competências e atribuições dos membros do conselho, características do bioma Mata Atlântica (ecossistemas, configuração geográfica, formas de proteção), funcionamento de uma unidade de conservação, quais os objetivos do parque, dentre outros.
A capacitação ficou por conta da engenheira ambiental Mariana Mare e da bióloga Janete Abraão. O conselho gestor é composto de forma paritária entre representantes do poder público (8 cadeiras) e da sociedade civil (8 cadeiras) e será responsável por discutir detalhes sobre o plano de manejo, por meio do qual o parque será gerido. Com mais de 1.110 hectares, o Parque da Cidade será uma unidade de conservação de proteção integral, estabelecida pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC).
A nova unidade de conservação abrange as partes altas de toda a elevação que domina o Centro de Angra dos Reis, com sua linha limítrofe passando sobre os morros da Carioca, Santo Antônio, Caixa D’água, Carmo, Peres, Glória e da Cruz; seguindo também por cima do Encruzo, Enseada, Retiro, Ribeira, Vila Velha, Praia Grande, Bonfim e Colégio Naval. Como explica o Superintendente de Meio Ambiente, Fillipe Mota, “O parque começa onde termina a área de ocupação urbana”, ou seja, ele ocupa o topo do morro do Centro de Angra.
Além das apresentações de Mariana Mare e Janete Abraão e dos diálogos entre os participantes, foram elaborados coletivamente a minuta do regimento interno e o esboço do plano de ação do conselho. Os representantes da sociedade civil no conselho são: no segmento de associações de moradores, as do Morro da Glória I (titular: Maurício Bueno Ferreira Junior / suplente: Aline Glória Maia) e do Morro do Peres (titular: Heliomar Ramos Faustino / suplente: Renato Silva dos Santos) no segmento de turismo, Angra e Ilha Grande Convention e Visitors Bureau (titular: Ulisses Lisboa Covas / suplente: Eufracio Cipriano Feitosa); no segmento de profissionais da construção civil, o Instituto dos Arquitetos Urbanistas de Angra dos Reis (titular: Alexandre Lucena / suplente: Ivana Torquato Libório); no segmento academia de ensino, a Universidade Estácio de Sá (titular: Cláudia Rodrigues dos Santos / suplente: Erika Machado de Almeida Campos); no segmento ambientalista, a Brigada Ambiental Municipal de Angra dos Reis (titular: Wanderson Edson da Silva / suplente: Ian Damasceno de Oliveira); no segmento de associação esportiva, o Grupo Ecológico de Voo da Ilha Grande (titular: Luiz Paulo Andrade de Oliveira / suplente: Marcos Antonio Ferreira Barbosa); no segmento das instituições de ensino em turismo e dos guias de turismo, a titular é Emília Gonçalves Hard, e a suplente é Ana Lúcia Corrêa de Araújo.
A parte do poder público no conselho gestor é formada por Imaar (titular: Fillipe Mota de Carvalho / suplente: Paulo Sevalho Gonçalves), Turisangra (titular: Amanda Salazar da Silva Alves / suplente: Jacqueline da Costa Queirós), Secretaria Executiva de Assistência Social (titular: Cássia Marques dos Santos / suplente: Adriana Cristina Silva), Secretaria Executiva de Planejamento e Gestão Estratégica (titular: Alexandre Giovanetti Lima / Suplente: Ana Carolina Rocha Magalhães), Secretaria Executiva de Proteção e Defesa Civil (titular: Pedro França Magalhães / suplente: Fábio Junior Pires), Programa Comunidades Angra (titular: Maria Clara Carvalho Ribeiro Aranha / suplente: Giovani Wicthoft Fedrizzi). Faltam ainda a Câmara Municipal e o Inea apresentarem seus representantes no conselho.
Os objetivos que levaram a gestão atual da Prefeitura de Angra a decretar, no fim de 2017, a criação do parque, se agrupam em três eixos centrais: preservação ambiental, controle do uso e ocupação do solo e a potencialização do turismo ambiental e ecológico. Quanto ao turismo, o Parque da Cidade busca atrair mais turistas para a área central do município, já que o projeto prevê a criação de trilhas, áreas de escaladas, pontos de voo livre, mirante e até alguns empreendimentos, como restaurante, por exemplo. Por isso, o parque é visto como um futuro gerador de emprego e renda no setor.